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Posse de Dilma
31/12/2010 11h30 - Atualizado em 31/12/2010 11h30
Mulheres da guarda pessoal de Dilma falam do trabalho na segurança
Agentes da PF falam da ‘honra’ de participar da cerimônia da posse.
Equipe acompanha presidente desde a campanha eleitoral.
Marília Juste
Do G1, em Brasília
Quando Dilma Rousseff deixar a Catedral de Brasília no próximo sábado (1º) para atravessar a Capital Federal e tomar posse como presidente da República no Congresso Federal, ela não será a única em sua comitiva em uma posição ocupada por um homem em posses passadas. Ao lado dela, na sua guarda pessoal, estarão seis mulheres em uma profissão tipicamente masculina. Policiais federais, elas são a última linha de defesa da mulher que governará o país pelos próximos quatro anos.
“É uma honra muito, muito grande”, diz Flávia Bastos, de 30 anos, há cinco como policial federal e há seis meses na guarda de Dilma.
A segurança pessoal de Dilma Rousseff
A segurança pessoal de Dilma Rousseff, da esquerda para a direita: Flávia Bastos, Cristiane Costa, Ana Paula Paes Leme, Leila Laranja, Lícia Seibt e Jane Dantas (Foto: Marília Juste/G1)
“Estou tendo a grande honra de acompanhar de perto um momento histórico no meu país, a posse da primeira mulher presidente. Não podia estar mais feliz”, diz Jane Dantas, de 47 anos.
Ao lado de Jane e Flávia – e de Dilma – estarão também Leila Laranja, de 41 anos, Ana Paula Paes Leme, de 38, Lícia Seibt, de 33, e Cristiane Costa, de 47. A equipe faz a segurança de Dilma há seis meses, desde quando ela ainda era candidata.
De acordo com o chefe de segurança de Dilma, o delegado Andrei Passos Rodrigues, o protocolo indica que policiais femininas sejam seguranças de autoridades mulheres. A escolha das seis agentes, no entanto, foi feita pela própria presidente. "Ela fez um pedido para que as suas seguranças fossem as mesmas da época da campanha", explicou o delegado.
“Segurança é uma questão essencialmente de confiança, e a presidente confia plenamente nessas mulheres”, diz Rodrigues. “Além disso, elas têm um bom relacionamento. Tudo isso pesa nessa decisão”, afirma.
Armadas com pistolas Glock, de terno preto e camisa branca, elas correrão ao lado do carro de Dilma Rousseff em uma velocidade de até 15 km/h durante a posse. “Esforço físico faz parte da nossa rotina. Só continuamos nossos exercícios de sempre”, conta Ana Paula.
Experiência
Com 25 anos na Polícia Federal, Cristiane Costa diz que a posse de Dilma é um dos pontos altos de sua carreira. “O melhor momento desde a campanha é este aqui, a posse. Aliás, é um dos melhores momentos de todo meu trabalho como policial”, diz ela. “É quando a gente vê o resultado do trabalho”.
As agentes durante ensaio da segurança para a posse
As agentes durante ensaio da segurança para
a posse (Foto: Marília Juste/G1)
De acordo com Cristiane, as horas mais difíceis da segurança de Dilma durante a campanha ocorreram “sempre que havia uma grande aglomeração”.
Ela lembra uma visita a Guarulhos, na reta final da corrida eleitoral, em que milhares de pessoas acompanharam a caminhada de Dilma Rousseff.
“Chegou um ponto na campanha em que o apego das pessoas a ela ficou tão grande que já era praticamente impossível andar na rua”, avalia.
Jane Dantas lembra também a visita à Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, como um momento de tensão.
“Eu via gente nas lajes observando, se abaixando, levantando de novo. A cada vez que alguém levantava, eu me preparava para me jogar em cima dela. Estava pronta para derrubar”, conta.
Mãe de quatro filhos, Jane fiz que a rotina de policial é dura, mas vale a pena. “Nenhum dos meus filhos quis ser policial. Eles não gostam, a mãe vive sempre longe”, conta. Casada com outro policial federal, também da segurança de Dilma, ela está há seis meses vendo os filhos esporadicamente – e o marido também.
Mesmo abrindo mão do convívio da família, ela diz que não trocaria de profissão.
“Quando vou ao trabalho, 80% dos meus colegas são homens e eu me sinto honrada de representar o trabalho feminino na polícia”, conta. Flávia Bastos diz o mesmo. “Sou jogadora de basquete e gosto de trabalhar em equipe. Para quem gosta disso, é um trabalho perfeito”, conta.
As policiais dizem que Dilma é “gentil” e “educada” no convívio pessoal. “Ela é superbacana. Tem muita consideração pelo trabalho dos outros, é sempre muito gentil”, diz Flávia.
Sobre a fama de “durona” da nova presidente, ela diz que Dilma é “exigente, sim. Mas nunca mal educada”. Jane concorda. “É o jeito dela. É o nosso também”, brinca.
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