Deputado federal deixou a candidatura à Presidência para virar principal articulador do petista na internet, com atuação mais agressiva e "zoeira". Lula tem "campanha mais discreta e Janones entra como um influenciador", diz especialista.
André Janones usa perfil 'troll' para engajar Lula nas redes sociais
Deputado federal deixou a candidatura à Presidência para virar principal articulador do petista na internet, com atuação mais agressiva e "zoeira". Lula tem "campanha mais discreta e Janones entra como um influenciador", diz especialista.
Por Arthur Stabile, g1
28/08/2022 08h12 Atualizado 30/08/2022
Lula e Janones — Foto: Reprodução/Facebook
André Janones deixou o papel de candidato à Presidência pelo Avante para se tornar importante articulador de Lula (PT) nas redes sociais. Como uma espécie de "troll" a favor da esquerda, ele mantém um comportamento provocador contra bolsonaristas --o que poupa Lula de fazer ataques diretos ao presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, e aliados.
Janones virou figura influente nas redes sociais em 2018, durante greve dos caminhoneiros no governo de Michel Temer. Naquele mesmo ano, o advogado nascido em Ituiutaba – município no oeste de Minas Gerais – foi eleito deputado federal.
No começo de 2022, lançou sua candidatura presidencial aos 38 anos, o que não durou muito tempo. Em 4 de agosto, desistiu da candidatura para apoiar Lula já no 1º turno. Daí em diante, assumiu o papel de pautar o debate a favor do petista e de atrair para si ataques de adversários na eleição.
Ele age como um troll --alguém que tumultua uma discussão na internet fazendo com que o tema se desvie da troca respeitosa de argumentos.
São publicações no Twitter e Facebook em tom mais incisivo do que o adotado pela campanha oficial de Lula. Janones chama bolsonaristas de "gado" e interage com provocações a políticos como o senador Flávio Bolsonaro, os deputados Eduardo Bolsonaro, Carla Zambelli e Carlos Jordy, e o empresário Luciano Hang.
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"Antes dos gados começarem a mugir contra a 'censura' e a favor da 'liberdade de expressão', só quero lembrar que, segundo o Jornal O Estado de São Paulo, o miliciano mor entrou na justiça pra que eu seja proibido de chamar ele de miliciano tá?", publicou o deputado, no Twitter, em 25 de agosto.
É Janones quem busca furar a bolha da esquerda para assuntos sensíveis ao atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição. Por exemplo, faz publicações sobre auxílios aprovados pelo governo federal que duram até o fim do ano.
É uma espécie de contra-ataque da esquerda: o comportamento provocador e com ataques pessoais é mais característico nas redes de Bolsonaro, dos filhos dele e de aliados.
Ao longo de julho, postagens de Lula e Janones sobre o fim do Auxílio Brasil de R$ 600 no fim do ano alcançaram 3,5 milhões de interações no Facebook. Jair Bolsonaro, seus filhos e apoiadores, como Carla Zambelli, não chegaram a 1 milhão de interações no mesmo período para falar do aumento no valor do auxílio.
Ele tem 7,9 milhões de seguidores no Facebook, 2 milhões de seguidores no Instagram, 1,4 milhão de seguidores no Youtube, 412,7 mil no Tiktok e 263 mil seguidores no Twitter.
Mudança de foco
O episódio mais recente protagonizado por Janones ocorreu na quinta-feira (25), dia em que o candidato Lula deu entrevista para o Jornal Nacional. O deputado foi em frente ao Palácio do Planalto, sede do governo federal, e gravou um vídeo em que discute com seguranças.
"Urgente! Bolsonaro acaba de mandar os capangas dele armados pra cima de mim aqui no Palácio! Denunciem, me ajudem! Chamem a PF, MPF, STF e o Ministério Público!", publicou em seu Twitter.
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Estatísticas divulgadas pelo analista de dados Pedro Barciela apontam que a publicação no Facebook feita por Janones obteve 178 mil interações nas primeiras quatro horas no ar. Tempo suficiente para virar o post de maior alcance em 24 horas.
Duas postagens de Bolsonaro, feitas na noite anterior, somavam 107 mil e 73 mil interações nas mesmas 24 horas – ambas publicadas na noite anterior.
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Horas depois de divulgar o vídeo, Janones soltou em suas redes sociais o jingle oficial para sua campanha à reeleição como deputado federal. Depois, divulgou trechos da entrevista dada por Lula à TV Globo.
Houve reação do próprio presidente Bolsonaro que, sem citar o nome de Janones, rebateu as falas sobre o Auxílio Brasil. "Esse outro deputado eu não quero citar o nome [Janones] porque é uma figura inexpressiva, mentirosa, sem caráter. Tanto é que se jogou nos braços do Lula aí, fazendo demagogia. Nós fazemos a coisa certa", disse, em sua live na quinta-feira (25).
Bolsonaristas reagiram abertamente à ação de Janones, como o ministro de Segurança Institucional, general Augusto Heleno.
"O deputado André Janones utilizou palavras agressivas visando a atacar o Presidente e os agentes de segurança. Tentou tirar proveito das suas ofensas, dirigidas à guarda do Palácio, que, treinada e preparada, as ignorou", publicou no Twitter.
Em resposta, Janones adotou o tom "troll" - termo usado por pessoas de perfil "zoeiro" nas redes sociais. "Você só manja de torrar o dinheiro do povo com viagra, vovô!", disse, ao fazer referência à compra do medicamento feito pelo Exército Brasileiro.
Janones como influenciador pró-Lula
O papel adotado por André Janones é visto como o de fazer a campanha se mexer, segundo Raquel Recuero, diretora do Laboratório de Mídia, Discurso e Análise de Redes Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
"Acaba fazendo papel de influenciador, com o Lula no papel dele de candidato enquanto o Janones fala, cria, mexe, cria um evento de grande visibilidade e não necessariamente é de campanha, mas afeta. Gera pauta, dá um movimento", afirma.
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A especialista vê a atual campanha do PT à Presidência em tom mais calmo em comparação a outros momentos históricos antes de eleições. Para ela, Janones entra como peça diferente no jogo.
"Não sei se é pensado, mas dá um impacto, visibilidade, leva as pautas adiante. A opção do PT talvez seja para uma campanha mais discreta e o Janones entra como um influenciador", diz.
O g1 contatou a assessoria de imprensa de André Janones para uma entrevista, mas não obteve resposta até a sua publicação da reportagem.
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equipe voxara
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ANTD - A Autoridade Salarial Atômica Internacional (AIEA) em 10-1
confirmou que o Irã havia começado a enriquecer urânio em uma instalação nuclear subterrânea em Fordo, no país central.
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